terça-feira, 6 de setembro de 2011


          
Escola : Vitoria
 Data : 06/09/2011 
Aluno : Higor oliveira
N° de paginas : 157
Autor(a): Manoel de Barros
Editora: Planeta do Brasil LTDA
ANO: 2008

MEMÓRIAS INVENTADAS

Tudo que não invento é falso”. Com esse paradoxo, Manoel de Barros inicia este livro que são pedaços de um objetos partido de lembranças livres em um tempo aparentemente invisível. Cada trecho é diagramado em páginas soltas e podem ser lidos em qualquer ordem, sem nenhum tipo de linhas retas . Afinal, a imaginação do autor não possui regras determinadas.

Conforme se passeia pelas páginas, percebe-se o tom poético de Manoel. O autor se preocupa com cada palavra, esculpindo um texto que tem como preocupação primordial a busca pela beleza.

Na introdução do livro, intitulada
“Manoel por Manoel”, o escritor diz ter saudade do que não foi. Diz, ainda, que não teve uma infância peralta como gostaria. Agora, brinca livremente com as palavras e acredita que “desfazer o normal, há de ser uma norma”.
Manoel de Barros centra sua escrita na reconstituição de um percurso existencial centrado na sua relação de descobrimento e de trabalho com a linguagem, sendo ambos fios condutores para o desenvolvimento de um dos seus mais recorrentes temas.
Este livro contém a participação de sua filha Martha que também já
trabalhou com outros livros fazendo sua obra de arte ilustrando cada folhas deste e de outros livros
Pode-se esperar que, no decorrer da narrativa de Memórias, seja possível detectar algumas lembranças indecisas que aponte para o nosso desenrolar deste livro é o que nos mostra Manoel de Barros quando fez da escrita e da leitura uso das palavras como brinquedos, algo que se pode manusear, ver cores sentir cheiro e sabor completamente alegres.
Assim foi, vi palavras desconhecidas que realmente me levou a sorrisos e firmezas quando pude completar a frase toda quando a vó diz que não se pode desprezar as coisas despreziveis como por exemplo esta palavra cacarar.
O livro “Memórias Inventadas: a infância” deixa claro o amor e a admiração que o escritor tem pelo Pantanal, em um trecho que tem o título de O apanhador de desperdicios ele escreveu: “Meu quintal é maior do que o mundo. E as pedrinhas do meu quintal também são maiores do que as pedras do mundo.” Ele quiz dizer que sabe dar valor as pessoas e as coisas sem importância

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