domingo, 11 de setembro de 2011

O Poço Dos Desejos

Escola: Vitória
Aluno: Paulo Christian
Série: 5ª
 Livro:
Coleçao: Hora do Espanto
Autor: Edgar J. Hyde
Editora: Ciranda Cultural- SP-Brasil
Pulblicado em 2009 por Igloo Books Ltd.


Este livro narra as aventuras  de um adolescente de 14 anos de idade, chamado Tom Walker que havia se mudado juntamente com seus pais para uma fazenda mal-assombrada. Sua mãe estava muito feliz pois desde criança gostava daquele lugar. Tom ao contrário não estava satisfeito; mas ao mesmo tempo já maquinava em sua cabeça  poder encontrar alí meios de se esconder e passar tempos longe da chatice de sua mãe.Um certo dia andando pelo pátio encontrou um caminho velho que o levou á um bosque cheio de arbustos. Ficou a observar os raios de sol que penetrava por entre as árvores. De repente ele avista algo e se aproxima. Era um poço que parecia ter sido construído na véspera  anterior. A tampa do poço estava intacta, e tinha uma manivela em forma de L, que brilhava reluzente com os raios do sol. Pendurado em uma corda grossa havia um balde novo. Tom debruçou sobre o poço e gritou, parecia que o poço  respondia- o através do eco. Tom ficou feliz pois acabara de encontrar o seu  refúgio naqule lugar.
No  dia seguinte, Tom vai para a escola da cidade que fica próximo a sua casa, e já no primeiro dia arruma confusão com três garotos; Steve, Billy e George Foster.
Tom volta para casa e ao visitar o poço começa a gritar desabafando todo o ódio que estava sentindo dos garotos da escola. O poço parece responder, então ele faz  um pedido de vingança para Steves. Ao abrir as torneiras de água Steves não consegue fechá-las novamente inundando os lugares por onde passa.
Depois é a vez de Billy destruir o jardim de flores do seu pai, o qual tinha todo cuidado com as plantas pois as flores eram para uma exposição.
Tom  fica em dúvidas se o poço realmente atende seus pedidos, ou apenas são coincidências. Na escola Tom tem um amigo chamado David. Ele  fala do poço e o leva  pra ver. Chegando lá, tudo está como há muitos anos atrás.
Num outro dia quando Tom está voltando da escola é surpreendido pelos garotos que o aborda jogando-o no chão. George Foster joga a sua mochila no esgoto destruindo todos os livros. Ele faz outro pedido e o garoto é sugado por um esgoto que surge do nada.  Este vai parar no hospital para fazer uma lavagem estomacal depois de passar quatro horas no esgoto.
Tom volta ao poço para agradecer e fica extasiado com um espírito que sai de dentro do poço em forma de manto. O manto se transforma em uma capa envolvendo uma figura em forma de mulher, que exala luzes de todas as cores. Tom fica atormentado, mas o espírito o revela que se chama Arrogância, e que Tom a libertou  daquela maldição, quando fez os três pedidos ao poço. Ela diz que voltou para vingar dos humanos que no século passado haviam  jogado-a naquele poço e matado suas duas irmãs em uma emboscada. Arrogância  com a ajuda de Tom começa a colocar seus planos em ação, apavorando os moradores daquele lugar. Tom a desobedece porque acha não estar certo o que eles estão fazendo, e ela o inunda com jatos de água fedendo a esgoto. Ele vai á igreja falar com o padre. Os dois começam a buscar meios para desmanchar o feitiço. Depois de muita luta com o espírito eles acertam a receita que encontram em páginas de um velho diário deixado por um padre do século das bruxas. A receita funciona e Arrongância volta novamente para as entranhas da terra.
Chegando na sua casa, Tom vai direto para  poço e o encontra como nunca vira antes. Os arbustos grandes, a manivela enferrujada, um balde velho e furado pendurado em uma corda polida e cheia de musgos. O encanto do poço havia se acabado.

sábado, 10 de setembro de 2011

Amigos Secretos

autora: Ana Maria Machado
editora: Ática
páginas: 132




Amigos Secretos conta a história de uma turma de amigos que tinham um clube na árvore.Numa manhã de domingo eles resolveram tomar café da manhã lá mesmo no clube, foi então que devido a uma confusão no vídeo cassete,eles criaram um portal mágico que podiam levá - los ao mundo dos livros e permitindo que eles conhecessem personagens como : Peter Pan,Dom Quixote e Sancho Pança, o pessoal do Sítio do Pica-Pau Amarelo,Tom Sawier e Huclebery Finn.
Só que ao abrirem esse portal Capitão Gancho e os outros piratas invadiram a cidadeonde ficava esse clube ,então unindo - se de todos os heróis dos livros o pessoal do clube meteu-se numa grande aventura contra os piratas.








Larissa Costa dos Anjos Araújo

O mundo de Sofia

autor: Jostein Gaarder
editora: Schwarcz LTDA
páginas: 547





   Sofia era uma garota normal que estava prestes a completar seus quinze anos de idade até que um dia ela recebe um cartão com uma estranha pergunta: quem é você ?.Sofia também passa a receber cartões de um major no líbano chamado Albert Knag, esses cartões deveriam ser entregues a uma tal de Hilde,uma garota que Sofia nunca viu na vida e que completaria quinze anos no mesmo dia que Sofia.
A partir daí Sofia começa a ter aulas de filosofia com um professor misterioso.Entrando numa série de mistérios Sofia passou a ter  que tentar solucionar o mistério que existe entre sua relação com Hilde e com a filosofia.







Larissa Costa dos Anjos Araújo

As meninas

autora: Lygia Fagundes Telles
editora: Rocco
paginas: 286



  As meninas conta uma história de três amigas que enfrentam problemas diversos: Lorena Vaz Leme  ,tornou-se amante de um homem casado é a mais sensível de todas,tranca-se o dia inteiro em seu quarto ouvindo música e recitando poemas em latim,Lia de Melo Schultz,conhecida como Lião,trancou sua matrícula na faculdade e sai átras da liberdade enfrentando e fugindo da polícia e por fim Ana Clara Conceição, a Ana turva que vira uma viciada em drogas e até uma alcoolátra.
Juntas as três amigas tentam alcançar seus sonhos sua felicidade e acima de tudo manter a amizade intacta.







Larissa Costa dos Anjos Araújo

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A casadinha de fresco

Nome : Carlos Victor Novais Costa
Escola Vitória
Editora do Brasil
Ano:1999
Autor : Artur Azevedo

Carlos era privado do Capitão General e também fora amante da esposa dele. Quando ele foi descoberto aceitou até mesmo ser morto, mas o Capitão preferiu outro tipo de vingança. Quando Carlos se cassasse ele ia seduzir a esposa do rapaz e pagar na mesma moeda. Por esse motivo Carlos fingia sofrer de um reumatismo e assim estava retirado no campo, mas lá ele planejava seu casamento em segredo com Gabriela.

Estava em uma estalagem e preparava seu casamento com dificuldades, já que o dono da estalagem e sua filha eram curiosíssimos e ficavam sempre buscando descobrir o que Carlos tramava, sobretudo sendo ele estrangeiro, era de Lisboa. Nessas circunstâncias o pai de Gabriela, Castelo Branco, reclamava porque concedera o casamento pensando só em suas terras. O cochicholo era uma fazenda muito querida por ele e o Capitão General por todo o preço a quis comprar e agora afirmava que acabaria tendo-a de qualquer forma, logo Castelo Branco pensou que tendo sua filha casada com o privado do Capitão General não teria problemas mais em perder sua casa.
Agora o casamento não só demorava a sair como também não lhe traria o beneficio esperado. Queria então que ao menos a filha se cassasse logo. Mas Carlos precisava de duas testemunhas, uma era um mudo da cidade e outro era amigo de sua confiança que ia chegar. Assim seu casamento não seria descoberto pelo Capitão. Porém, o amigo e a segunda testemunha não puderam ir e isso atrasou mais ainda o casamento.
Castelo Branco falou para chamarem Bento, o dono da estalagem, mas Carlos não queria porque o homem era um curioso e logo espalharia a notícia. Foi quando passou por lá Manuel de Souza, conhecido de Carlos, de quem na verdade ele tinha salvado a vida, assim ele cobrou o favor como testemunhar seu casamento e guardar segredo. Manuel não queria porque estava fora de casa três dias a mais do que falara a sua esposa, Gertrudes, e ela era muito ciumenta em razão de uma traição passada cometida por Manuel.
Mas ele acabou ficando e assim o casamento foi feito. Mas em seguida chegou ali o Capitão porque pela manhã tinha recebido um recado de Carlos dizendo que estava tão mal que acreditava que hoje morreria. Assim Carlos articulou uma mentira para enganar o Capitão e não ter que ceder sua mulher a ele. Falou que Gabriela era esposa de Manuel. O capitão que instantaneamente se interessou pela moça convidou Manuel, ela e o pai de Gabriela, Castelo Branco, para morarem em sua casa em Porto Alegre.
Em meio a isso tudo Gertrudes que ia atrás de Manuel chegou na estalagem e quando convencida pelo marido de que ele não a traia ao ouvir o convite do Capitão se alegrou toda com a nova vida.
Porém partiram rapidamente e Gertrudes ficou e Carlos também, mas ele seguiu a caravana em seguida. Chegando à casa do Capitão, ele fez de Manuel senhor da lanças, fez de Castelo Branco senhor – mor e de Gabriela sua leitora, já no plano de conquistá-la. Feita essas nomeações Carlos chegou.
Ele tinha um plano claro, Gertrudes ficara na estalagem e um médico a faria crer que estava doente, porque ela tinha desmaiado depois da saída repentina de Manuel, e assim nesse tempo ele fingiria ser o marido de Gabriela durante o dia e a noite ele ia ficar com sua esposa escapando da vingança do Capitão.
Ia tudo bem, mesmo depois da chegada de Gertrudes que novamente convencida de que o marido não a traia aceitou a ideia de tê-lo como marido também só durante a noite. E Carlos tinha inventado uma história que a família de Manuel tinha uma tradição de marido e mulher dormirem em quartos separados, o que facilitaria o ajuste dos casais durante a noite.
Porém, o capitão chamou Carlos e lhe propôs o perdão caso ele o ajudasse a conseguir o coração de Gabriela. Carlos claramente não aceitou, defendo sua amizade com Manuel.
Nesse ponto, Carlos viu como última medida fugir com Gabriela. A fuga estava pronta e os dois estavam partindo quando Gertrudes os atrapalhou. Manuel que havia deixado apenas um recado avisando que fora cumprir uma missão determinada pelo Capitão fez Gertrudes crer que ele a estava traindo e assim quando viu o casal fugindo achou que era o marido e assim fez com que eles fossem descobertos pelo capitão e os guardas.
Assim toda a verdade foi revelada e o Capitão prendeu Carlos. Enquanto isso Manuel voltava e Gertrudes estava determinada a ir embora com o marido. Foi assim que estando Gabriela junto ao Capitão suplicou-lhe perdão ao marido e como ele exigiu algo em troca ofereceu o cochicholo. Frente à inocência da menina que não entendia o que realmente ele queria, acabou aceitando esse pagamento pela liberdade de Carlos, mas exigiu também que ela não contasse o que tinha feito pra conseguir a liberdade dele.
Quando Carlos foi liberto, Gabriela abraçava ao Capitão por pedido de demonstração de amizade que eles tinham agora. Logo ele pensou que a vingança estava cumprida e assim ele destratou Gabriela e a devolveu ao pai. Nesse instante entrou rindo o capitão, e também Gertrudes com Manuel.
Gertrudes que a tinha tentado antes conseguir que o capitão concedesse a dispensa de Manuel de seu cargo vinha decidida a consegui-la agora. O motivo era que andando pela casa do capitão encontrou um retrato da esposa do capitão e se tratava da mesma mulher com quem Manuel tinha tido o caso que a deixara tão ciumenta.
Vendo o Capitão que a sua esposa tivera outro amante percebeu que não valia a pena a sua vingança, a sua mulher não valia de nada. Assim ele falou a verdade a Carlos, ele e Gabriela se reconciliaram. Ficando assim felizes eles e Manuel e Gertrudes também.

Menino de engenho

Nome : Carlos Victor Novais Costa                                   Escola Vitória
Editora : Moderna
Ano:2004
Autor: José Lins do Rego


Carlinhos com apenas quatro anos acordou em uma manhã com um grande barulho em sua casa, encontrou sua mãe largada sobre o chão coberta de sangue e seu pai como um louco a chorar sobre ela. Ele tentou se aproximar da mãe morta, mas o tumulto de empregados e a chegada dos policiais que fecharam o quarto pondo todos pra fora o impediu. Um dos empregados comentou que havia visto o senhor com uma arma na mão e a senhora no chão.

O pai de Carlinhos vivia entre transtornos e a mãe dele sofria com as grandes explosões do marido. Porém logo ele, entre lágrimas, se arrependia e era perdoado. A mãe, Clarisse era doce, meiga, um anjo. Depois de tal catástrofe o pai de Carlinhos foi levado preso e em um abraço doloroso se despediu do filho. Após alguns dias ele foi levado para a fazenda do avô.
Assim que chegou à fazenda da qual sua mãe já havia falado inúmeras vezes descrevendo-a como um paraíso, mas nunca tinham ido devido a díficil relação entre o seu avô e seu pai, foi recebido alegremente. Todos queriam ver o menino de Clarisse. Tia Maria, a irmã mais nova de sua mãe tomou lhe como um filho.
Na fazenda de Santa Rosa conheceu o engenho, as plantações de cana, a maquinaria toda do lugar que o encantou. Fez amizades com os primos e passava o dia pela fazenda brincando na lama, fazendo travessuras e nadando no rio. Juntos, eles odiavam a Sinhazinha que levava a chave da despensa e guardava todas as frutas e doces, vendo muitos perdedrem.
Carlinhos fez-se amigo de Lili uma prima sua, a menina era loirinha de olhos azuis e uma brancura sem igual. Era doente. Ele e Lili tornaram-se amigos e ele prefiria ficar com ela do que com os primos em travessuras. Um dia a menina amanheceu vomitando negro, chamou Carlinhos. Entretando logo o tiraram do quarto. Lili morreu.
Ele e os primos se alegravam com as idas à outros engenhos, e com as visitas. O avô muitas vezes o levava junto a caminhadas pela sua grandiosa terra. Com a chegada do inverno veio a cheia do rio, esperaram muito por ela e quando chegou foi forte, talvez a mais forte que já se teve. Negros morreram, animais também e casas foram destruídas. Santa Rosa foi atingida, Tia Maria com algumas negras e as crianças se instalaram por esses tempos em uma das fazendas vizinhas.
Ela tentava ensinar as letras ao sobrinho, no entanto ele não aprendia, até que foi mandado à um mestre, lá era tratado diferente dos demais, afinal era o neto do coronel José Paulino. Foi lá que teve sua primeira paixão, a mulher do mestre era como outra mãe e lhe ensinava entre abraços e beijos. Assim ele aprendeu as letras. Depois foi levado para outro mestre, o rapaz que o levava lhe iniciou as aulas falando sobre as coisas erradas do mundo.
O menino ia vivendo no engenho e muitas vezes se isolava, caçava canários que deixava presos e enquanto os esperava vivia acompanhado da solidão. Depois de muita chateaçãoganhou um carneiro para montar e ainda com a mesma tática ganhou a sela e as rédeas. Chamava-se Jasmin, era sua nova paixão banhava-o com sabonete e lhe penteava a lã, saía pela fazenda cavalgando, ia à casa dos empregados da fazenda e brincava com os filhos deles.
Carlinhos amava também as histórias de Totonha, por vezes ela passava pelo engenho e contava grandes histórias com uma esplendorosa interpretação que encantava o menino. Ainda ele ia à senzala onde conversava com os negros. Lá vivia uma negra vinda da Angola que todos tinham como uma vovó, mas tinha também uma vinda de Moçambique que aterrorisava-o. O menino também temia o lobisomem e as histórias relaionadas a ele. E como ali a religião não era algo muito presente, o menino desconhecia Deus e sua palavra, sabia o pouco que a mãe lhe ensinara.
Teve sua segunda paixão quando vieram umas primas do Recife, fez amigo de uma delas, era a mais velha. Ficavam nas sombras dos cajuzeiros e ela lhe contava histórias sobre viagens em navios as quais ele temia e ele contava histórias como a da cheia e de um incêndio que certa vez atingira a fazenda. Um dia lhe deu um beijo, depois correu de volta para a casa grande, no jantar olhavam-se, e foi assim até que a prima foi embora sem a menor tristeza, magoando-o.

                                            

O tio Juca, depois de ter engravidado um negra, ficava sempre no quarto, recebia ali Carlinhos com quem aceitava maiores intimidades, quando ele se ausentava do quarto deixando o menino só, ele corria as coisas do tio e ficava a ver as fotos de mulheres nuas que ele guradava. Um dia foi pego e o tio lhe cortou essa intimidade.
Certa vez ouviu a conversa do avô que falava sobre seu pai. O sanatório onde ele havia sido internado avisava que a família do homem havia parado de pagar e assim José Paulino tomou parte das contas. O menino passou a temer que um dia ficasse doido como o pai. A vinda de um médico à fazenda lhe decretou que era doente e que merecia um grande tratamento, o menino passou a ficar sempre dentro de casa privado do verão no quintal da fazenda, ganhava tudo que pedia, mas vivia prisioneiro. Os primos não brincavam mais com ele por que sempre levavam uma bronca por arrastarem o menino para o quintal e o sereno.
Restava-lhe apenas o passeio com Jasmim, mas tinha que voltar cedo. Nesses passeios brincava com os filhos dos empregados que não sabiam do zelo que tinham por ele na casa grande. Por esses tempos o casamento de Tia Maria foi marcado e aconteceu, novamente ele perdia uma mãe.
A vida presa que tinha ocasionou no menino um despertar mais cedo pelo sexo e assim se envolvia com tal coisa, sem medo do pecado da imoralização. Nesses dias mataram Jasmim, ele consentiu com a morte, o animal estava gordo e lhe dariam outro. Só lhe restava agora Zefa Cajá, uma negra e foi com ela que aos doze anos se tornou homem, com isso pegou uma “doença de homem” uma “doença do mundo”.
Inicialmente a escondeu e lutava contra ela, mas depois veio ao conhecimento dos moradores da casa grande, era motivo de riso. Primeiro não gostou, mas depois tinha orgulho da doença, agora era tratado diferente, quase como homem, os empregados falavam as coisas na frente dele e as conversas não paravam quando ele chegava. A perversão o invadia e ia ver as mulheres tomarem banho no rio que ao mesmo tempo em que o censuravam lhes agradava a curiosidade.
Desde o casamento de Tia Maria que o menino se preparava para ir pra escola. Calças, ciroulas, camisas novas e brancas estavam prontas. Fazia-se o enxoval de Carlos, a sua doença era tratada por Tio Juca e assim chegou o dia de ir para o internato. Foi, sabia que lá poderia ser o que a mãe desejara que fosse, foi seguindo o conselho do avô de dizia que estudando não se arrependeria. Chegou ao internato com a “alma mais velha que o corpo”, saudoso por paixões.

As casadas solteiras

Nome:José Vitor Mafra dos Santos
Escola Vitória
Ano:1998
Editora : Moderna
Autor:Rebeca Cabral


No Rio de Janeiro, Clarisse e Virgínia estavam apaixonadas pelos ingleses John e Bolingbrok. Eles também as amavam e vindos da Bahia, onde mantinham seus negócios, prolongaram sua estadia para ficarem mais perto de suas amadas. Embora pareça, não era tão simples assim. Narciso, o pai das moças, tinha uma verdadeira repugnância a ingleses e não aceitava de modo algum uma união entre suas filhas e tais cavalheiros.

Sendo dia de festa no Rio de Janeiro, havia mágicos e queima de fogos. Assim, em meio às comemorações na cidade, Clarisse e Virgínia escaparam do pai para se encontrarem com John e Bolingbrok. Ali também estava Jeremias, amigo de John. Ele fugia de sua mulher, afirmando que a tal era pior que o diabo. E assim, enquanto as meninas falavam com os ingleses, Jeremias vigiava, para o caso de Narciso aparecer.
Entretanto, Jeremias acreditou ter visto sua esposa, Henriqueta, e se descuidou de sua vigilância. Assim, o pai das meninas as encontrou e as levou embora. Jeremias em seguida se explicou e pediu desculpas por seu descuido e falou a John um modo de ele ir ter novamente com sua amada. Sugeriu que ele se disfarçasse de mágico e combinasse com as irmãs um novo encontro.
Assim John fez e marcou com Virgínia novo encontro. E ainda deu a Henriqueta a indicação de que Jeremias estaria ali em pouco tempo.
Sendo assim, Virgínia e John, Clarisse e Bolingbrok estavam casados e vivendo na Bahia. Junto deles também estava Jeremias que havia escapado de sua mulher depois do encontro que teve com ela graças às falas de John. Mas nem tudo corria bem como era de se esperar. Os ingleses tratavam suas mulheres como suas escravas e ainda bebiam muito. Elas estavam completamente infelizes.
Nessas circunstâncias Henriqueta chegou à casa delas. Vinha em busca de Jeremias, e vendo a infelicidade das amigas contou a elas o que ocorria no Rio de Janeiro. Por lá as pessoas falavam que o casamento delas não era legítimo pois, sendo católicas, o casamento protestante realizado porque os ingleses assim o eram, não as tornava casadas, mas apenas a John e Bolingbrok. Então Henriqueta combinou com elas uma fuga para o Rio no barco que partia pela madrugada, mas elas deveriam ajudá-la a convencer Jeremias de ir com as irmãs para o caso de ela não conseguir fazer isso sozinha.
Virgínia e Clarisse saíram para arrumar suas malas, aproveitando que seus maridos não estavam em casa.
Henriqueta, que esperava lá embaixo, ao ouvir Jeremias vindo apagou as velas e o esperou no escuro. Jeremias entrou pedindo luz ao criado e quando encontrou Henriqueta, começaram uma discussão. Mas logo em seguida chegou uma carta para Jeremias dizendo que seu negócio havia falido. Assim, restou a ele apenas a mulher, e então se reconciliaram. Decidiram, então, seguir para o Rio junto a Clarisse e Virgínia.
Lá as meninas foram recebidas pelo pai, que logo se adiantou para concretizar a anulação do casamento das filhas. E ainda fez um único pedido, já que as recebera depois te terem desobedecido e fugido: ele pedia que se casassem com Serapião e Pateleão, ao que não deram resposta. A verdade é que os ingleses voltaram ao Rio para cortejá-las novamente e elas nutriam esperança de que pudessem ser felizes com eles.
E assim tendo Narciso saído e ido jantar fora, elas convidaram os ingleses para um jantar em sua casa, mas na verdade pretendiam vingar-se deles, além do pouco caso que faziam deles nos bailes. Tiveram a ajuda de Henriqueta.
Os rapazes chegaram e elas usando da chantagem: “mas não nos amam?” fizeram com que eles fossem comprar verduras, empada e pão-de-ló para o jantar. O que não condizia com o orgulho inglês. E assim enquanto eles estavam fora, Jeremias chegou, ele tratava agora dos negócios dos outros e por acaso ficaram com a anulação do casamento de Clarisse e Virgínia e tendo o papel em mão foi ter com elas para saber se de fato queriam que ele levasse o processo adiante. Mas nenhuma das duas respondia, então Henriqueta que via a esperança que elas tinham para com os ingleses, falou que o marido deixasse de lado aquela história e as meninas aceitaram, obviamente.
Nesse tempo John e Bolingbrok chegaram e desta vez as meninas o fizeram tirar a casaca e colocar a mesa. Enquanto eles faziam isso, elas iam olhar o jantar, mas em pouco tempo voltaram correndo dizendo que Narciso estava em casa e que eles deveriam se esconder. Propositadamente os fizeram entrar em pipas cheias de tinta.
Elas não esperavam, mas de fato Narciso tinha voltado para casa e junto com ele estavam Serapião e Pateleão. Como estes se interessavam pelas meninas, John e Bolingbrok saíram das pipas com as roupas tingidas, um de vermelho e outro de azul, e começaram a lutar com os amigos de Narciso. Este corria, tentando fugir, achando que os genros eram o demônio.
Ao fim, John e Bolingbrok confessaram amar Clarisse e Virgínia, que disseram o mesmo. Os ingleses, satisfeitos com Jeremias por ter rasgado a anulação do casamento, provando a Narciso que as meninas ainda eram casadas, o declararam seu novo sócio nos negócios. E assim John e Virgínia, Bolingbrok e Clarisse, Jeremias e Henriqueta gritaram que felizes seriam, já Narciso, Serapião e Pateleão logrados se afirmavam.

A cidade sitiada

Nome: José Vitor Mafra dos Santos
Série:5°
Ano: 1994
Editora : Moderna
Autor( a ): Rebeca Cabral



Lucrécia Neves era uma moradora de São Geraldo. Um subúrbio que aos poucos e lentamente se transforma acompanhando a modernização ao redor. Lá havia uma grande quantidade de cavalos que disputavam a rua com os moradores, via-se também galinhas e com o cheiro dos poucos motores se misturava o aroma do campo.

Lucrécia morava com a mãe, Ana. Era extremamente patriota em relação ao subúrbio, se sentia dona da cidade. Era magra e alta, o rosto era pálido e em alguns momentos apresentavam manchas negras, talvez pelo efeito da luz, era uma mulher fria e também, pode se dizer, ingênua.
Sua mãe era viúva, viviam as duas juntas em uma casa cheia de bibelôs, a comunicação entre mãe e filha não se podia caracterizar como boa e na verdade juntas encenavam uma “farsa”. Não eram pobres, o que tinham dava para ter uma vida adequada sem luxos ou extravagâncias.
Lucrécia namorava Felipe, ele fazia parte da cavalaria e ela amava homens do exército; aqueles que usavam fardas e carregavam armas, Felipe se enquadrava. Ao mesmo tempo saia com Perseu, um jovem bonito, talvez o homem mais bonito que ela já tivera, ele gostava dela, achava-a maravilhosa, no entanto, para ela Perseu era um belo e educado homem e também um fraco, já que ela se mantinha na frente do relacionamento deles.
Ela e Felipe romperam no momento em que ela lhe negou um beijo e ele ofendeu o subúrbio dela, ela o criticou como forasteiro e assim acabou o romance, ele tinha farda, porém não pertencia a São Geraldo. Perseu e ela também acabaram se separando, mesmo depois da tentativa dele de mudar seu jeito de ser, ao que Lucrecia reagiu negativamente, fazendo-o voltar a ser o Perseu maravilhado pela pessoa dela.
Nessas circunstâncias existia Mateus, um homem rico, morador da metrópole, mas que vinha a São Geraldo e fazia visitas a Ana com o verdadeiro intuito de conseguir Lucrécia. Como sua idade de casar já chegara, Lucrécia casou-se com ele e foram para a metrópole.
Lá iam a festas e teatros, Lucrécia ao mesmo tempo se espantava e admirava o ritmo acelerado da metrópole com toda a sua chamada modernidade. Moravam em um hotel e ela não fizera amizades e não compreendia o marido, porém o amava.
Mateus era rico, saía cedo para trabalhar e era bondoso. Lucrécia só compreendeu seu jeito de ser quando ele morreu. Foi ai que descobriu a bondade do marido e como para ele a vida deles era boa e que para ele levá-la a passeios e mandar que arrumassem o cano era a rotina do casamento o alegrava.
Lucrécia, cansada da metrópole, decidiu voltar a São Geraldo e Mateus aceitou instantaneamente a idéia. Ana havia se mudado para uma fazenda de um parente ou conhecido e assim eles moraram na antiga casa de Lucrécia. A esse ponto, no subúrbio os cavalos já davam espaço para os bondes, fábricas surgiam e um viaduto fora construído varrendo os cavalos, galinhas e o cheiro de campo para longe.
Como Mateus viaja muito em uma de suas viagens deixou Lucrécia em uma ilha. Visando que ela engordasse e não ficasse só em São Geraldo. Nessa ilha vivia Dr. Lucas, já conhecido de Lucrécia. A mulher dele vivia em um manicômio e foi assim que ela se apaixonou pelo doutor, eles passeavam juntos e às vezes os braços se tocavam, ela mais apaixonava. Ele declarou impossível o romance, e depois se questionou se Lucrécia reapareceria.
Na noite seguinte ela estava lá declarando que por ser impossível não iria acontecer. Os dois viveram um romance. Mais tarde Lucrécia voltou a São Geraldo e Mateus morrera. Ela sofreu, arrependeu-se de como era ávida com o marido, sempre a pedir sem nunca compreender o quão bom ele era.
Nesse tempo, Perseu se tornara um homem, encontrara uma mulher no trem com quem se sentou pra beber depois da viagem e fora ser médico, um bom médico em outra cidade.
Viúva, ela morava só no subúrbio que não era mais o seu subúrbio. Os cavalos foram banidos e a nova geração tomava conta das ruas, essa também domada pela modernidade. Foi assim que recebeu uma carta de sua mãe, um homem de “bom coração” se interessara por ela (tinha visto uma foto). Lucrécia se encantou com a novidade, teria o luxo de ter tido dois maridos e assim foi embora de São Geraldo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Escola: Vitoria
Data: 08/09/2011
Aluno: Higor Oliveira
Profª: Edleusa Varjão
Nº de páginas: 288
Autor(a): Jorge Amado
Editora: Record

                                 MAR MORTO



    Jorge amado, Amado jorge como na maioria das vezes era considerado pelo povo baiano, pois foi um escritor que deixou muita histórias para nós estudantes e todos que gostam de lê.
     Jorge Amado mostra neste romance o trabalho dos homens do mar, remendo das redes, a ida dos pescadores para o mar e a preocupação de suas esposas, mães e filhos com respeito à sua volta para casa. O mar é muitas vezes perigoso e Iemanjá leva os homens para sempre e nunca mais retornam a seus lares.

    O mar morto não foi diferente conta uma história de amor de Lívia e Guma que não era aprovado pelos parentes dela porque havia esperanças de que viesse a se casar com alguém de posses ou seja que tivesse algo a oferecer e não com um simples pescador. Porém, muitas coisas acontecem e o amor deles vence, rompendo todas as barreiras.

    Surgem nos capítulos, as areias, o mar, os saveiros e embarcações grandes entrando na Bahia de Todos os Santos. Como personagens principais, Lívia e Guma. Lívia espera sempre por Guma. O amor deles é lindo. Ela é uma mulher muito bonita, cobiçada por todos, mas ela é só de Guma, casada com ele que é pescador e mestre de saveiro.

    
Os diálogos das personagens utilizam o linguajar típico da região. O respeito que sentem com relação à “deusa do mar” e às festas típicas em homenagem a ela, os presentes jogados ao mar, porque Iemanjá ou Janaína como muitos a chamam, é vaidosa. Iemanjá é conhecida por muitos nomes.

       
Contam-se muitas histórias também de cada personagem. Dentre eles: Rosa Palmeirão, mulata boa de briga e de cama. Mulher bonita e valente que não negava fogo e também se era para enfrentar um homem de faca ou navalha, ela enfrentava. Histórias também de pescadores que embarcavam em navios mercantes para ver se melhoravam de vida e assim socorrer seus parentes pobres.

     Amigos de Guma voltavam de tempos em tempos contando novas aventuras. Há histórias dramáticas de quando os pescadores se vêm sem seus saveiros, sem ter o quê deixar para seus filhos, entrando em desespero, alugando seus braços como estivadores ou então se arranjando em alguma quitanda ou embarcando em algum navio mercante na esperança de melhorar de vida.

     Havia também a presença do Dr.Rodrigo que ajudava a todos no cais. Fazia os partos das mulheres dos pescadores e os abortos também. Segundo ele, era melhor fazer a coisa de maneira certa e higienizada do que elas irem a um charlatão que pudesse causar problemas mais sérios de saúde às mulheres que quisessem abortar.

   
A personagem central, Guma, gaba-se muito do seu saveiro “valente” e das aventuras nas águas azuis da Bahia. Só que Guma desaparece no mar em noite tormentosa, com ventos fortes que batem contra o saveiro. É o triste destino de quem enfrenta as águas bravias.

     Lívia já sem lágrimas a derramar, assume o barco de seu marido, único bem que deixou para ela e seu filho. Ele morreu no mar e a maneira que ela encontrou de estar ao lado de Guma, já que o seu corpo não fora encontrado era trabalhando no barco deles, enfrentando a vida do mar como mulher forte. Entendi por isso mar morto.